Pregando a PALAVRA DE DEUS NO PODER DO ESPÍRITO SANTO.
Coordenadora do Ministério - Missionária Rosa Patrícia.




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Comentando sobre o Evangelho de Marcos.

Texto do Site
http://www.vivos.com.br/108.htm



Marcos (Mc)
Autor:
Marcos
Data: Cerca de 65—70 dC

Autor: Mesmo que o Evangelho de Mc seja anônimo, a antiga tradição é unânime em dizer que o autor foi João Marcos, seguidor próximo de Pedro ( 1Pe 5.13) e companheiro de Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária. O mais antigo testemunho da autoria de Mc tem origem em Papias, bispo da Igreja em Hierápolis (cerca de 135-140 dC), testemunho que é preservado na História Eclesiástica de Eusébio. Papias descreve marcos como “interprete de Pedro”. Embora a igreja antiga tenha tomado cuidado em manter a autoria apostólica direta dos Evangelhos, os pais da igreja atribuíram coerentemente este Evangelho a Marcos, que não era um apóstolo.

Data: Os fundadores da Igreja declaram que o Evangelho de Mc foi escrito depois da morte de Pedro, que aconteceu durante as perseguições do Imperador Nero por volta de 67 dC. O Evangelho em si, especialmente o cap. 13, indica ter sido escrito antes da destruição do Templo em 70 dC. A maior parte das evidências sustenta uma data entre 65 e 70 dC.

Contexto Histórico: Em 64 dC, Nero acusou a comunidade cristã de colocar fogo na cidade de Roma, e por esse motivo instigou uma temerosa perseguição na qual Paulo e Pedro morreram. Em meio a uma igreja perseguida, vivendo constantemente sob ameaça de morte, o evangelista Marcos escreveu suas “boas novas”. Está claro que ele quer que seus leitores tomem a vida e exemplo de Jesus como modelo de coragem e força. O que era verdade para Jesus deveria ser para os apóstolos e discípulos de todas as idades. No centro do Evangelho há pronunciamentos explícito de “que importava que o Filho do Homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, mas que, depois de três dias, ressuscitaria” (8.31) Esse pronunciamento de sofrimento e morte é repetido (9.31; 10.32-34), mas torna-se uma norma para o comprometimento do discipulado: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me” (8.34). Marcos guia seus leitores à cruz de Jesus, onde eles podem descobrir o significado e esperança em seu sofrimento.

Conteúdo: Mc estrutura seu Evangelho em torno de vários movimentos geográficos de Jesus, que chega ao clímax com sua morte e ressurreição subseqüente. Após a introdução (1.1-13), Mc narra o ministério público de Jesus na Galiléia (1.14-9.50) e Judéia (caps 10-13), culminando na paixão e ressurreição (caps 14-16). O Evangelho pode ser visto como duas metades unidas pela confissão de Pedro de que Jesus era o Messias (8.17-30) e pelo primeiro anúncio de Jesus e sua crucificação (8.31).
Mc é o menor dos Evangelhos, e não contém nenhuma genealogia e explicação do nascimento e antigo ministério de Jesus na Judéia. É o evangelho da ação, movendo-se rapidamente de uma cena para outra. O Evangelho de João é um retrato estudado do Senhor, Mt e Lc apresentam o que poderia ser descrito como uma série de imagens coloridas, enquanto que Mc é como um filme da vida de Jesus. Ele destaca as atividades dos registros mediante o uso da palavra grega “euteos” que costuma ser traduzia por “imediatamente”. A palavra ocorre quarenta e duas vezes, mais do que em todo o resto do NT. O uso freqüente do imperfeito por Mc denotando ação contínua, também torna a narrativa rápida.
Mc também é o Evangelho da vivacidade. Frases gráficas e surpreendentes ocorrem com freqüência para permitir que o leitor reproduza mentalmente a cena descrita. Os olhares e gestos de Jesus recebem atenção fora do comum. Existem muitos latinismos no Evangelho (4.21; 12.14; 6.27; 15.39). Mc enfatiza pouco a lei e os costumes judaicos, e sempre os interpreta para o leitor quando os menciona. Essa característica tende a apoiar a tradição de que Mc escreveu para uma audiência romana e gentílica.
De muitas formas, ele enfatiza a Paixão de Jesus de modo que se torna a escala pela qual todo o ministério pode ser medido: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”(10.45). Todo o ministério de Jesus (milagres, comunhão com os pecadores, escolha de discípulos, ensinamentos sobre o reino de Deus, etc.) está inserido no contexto do amor oferecido pelo Filho de Deus, que tem seu clímax na cruz e ressurreição.

Cristo Revelado: Esse livro não é uma biografia, mas uma história concisa da redenção obtida mediante o trabalho expiatório de Cristo. Mc demonstra as reivindicações messiânicas de Jesus enfatizando sua autoridade com o Mestre (1.22) e sua autoridade sobre satanás e os espírito malignos (1.27; 3.19-30), o pecado (2.1-12), o sábado (2.27-28; 3.1-6), a natureza (4.35-41; 6.45-52), a doença (5.21-34), a morte (5.35-43), as tradições legalistas (7.1-13,14-20), e o templo (11.15-18).
Título de abertura do trabalho de Mc, “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (1.1), fornece sua tese central em relação a identidade de Jesus como o filho de Deus. Tanto o batismo quanto a transfiguração testemunham sua qualidade de filho (1.11; 9.7). Em duas ocasiões, os espíritos imundos o reconhecem como Filho de Deus (3.11; 5.7). A parábola dos lavradores malvados (12.6) faz alusão à qualidade de filho divino de Jesus (12.6). Por fim, a narrativa da crucificação termina com a confissão do centurião: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.” (15.39)
O titulo que Jesus usava com mais freqüência para si próprio, num total de catorze vezes em Marcos, é “Filho do Homem”. Como designação para o Messias, este termo (ver Dn 7.13) não era tão popular entre os Judeus como o título “Filho do Homem” para revelar e para esconder seu messianismo e relacionar-se tanto com Deus quanto com o homem.
Mc, atentando para o discipulado, sugere que os discípulos de Jesus deveriam ter um discernimento amplo ao mistério de sua identidade. Mesmo apesar de muitas pessoas interpretarem mal sua pessoa e missão, enquanto os demônios confessam sua qualidade de filho de Deus, os discípulos de Jesus precisam ver além de sua missão, aceitar sua cruz e segui-lo. A segunda vinda do Filho do Homem revelará totalmente seu poder e glória.

O Espírito Santo em Ação: Junto com os outros escritores do Evangelho, Mc recorda a profecia de João Batista de que Jesus “vos batizará com o ES” (1.8), Os crentes seriam totalmente imersos no Espírito, como os seguidores de João o eram nas águas.
O ES desceu sobre Jesus em seu batismo (1.10), habilitando-o para seu trabalho messiânico de cumprimento da profecia de Isaías (Is 42.1; 48.16; 61.1-2). A narrativa do ministério subseqüente de Cristo testemunha o fato de que seus milagres e ensinamentos resultaram da unção do ES.
Mc declara graficamente que “o Espírito o impeliu para o deserto” (1.12) para que fosse tentado, sugerindo a urgência por encontrar e vencer as tentações de satanás, que queria corrompê-lo antes que le embarcasse em uma missão de destruir o poder do inimigo nos outros.
O pecado contra o ES é colocado em contraste com “todos os pecados” (3.28), pois esses pecados e blasfêmias podem ser perdoados. O contexto define o significado dessa verdade assustadora. Os escribas blasfemaram contra o ES ao atribuírem a satanás a expulsão dos demônios. Que Jesus realizava pela ação do ES (3.22). Sua visão prejudicada tornou-os incapazes do verdadeiro discernimento. A explicação de Mc confirma o motivo de Jesus ter feito essa grave declaração (3.30).
Jesus também refere à inspiração do AT pelo ES (12.36). Um grande estímulo aos cristãos que enfrentam a hostilidade de autoridades injustas é a garantia do Senhor de que o ES falará através deles quando testemunharem de Cristo (13.11).
Além das referências explícitas ao ES, Mc emprega palavras associadas com o dom do Espírito, como poder, autoridade, profeta, cura, imposição de mãos, Messias e Reino.

Esboço de Marcos
 
Introdução 1.1-13
Declaração sumária 1.1
Cumprimento da profecia do AT 1.2-3
O ministério de João Batista 1.4-8
O batismo de Jesus 1.9-11
A tentação de Jesus 1.12-13
I. O Ministério de Jesus na Galiléia 1.14-9.50
Princípio: Sucesso e conflito iniciais 1.14-3.6
Etapas posteriores: Aumento de popularidade e oposição 3.7-6.13
Ministério fora da Galiléia 6.14-8.26
Ministério no caminho para a Judéia 8.26-9.50
II. O Ministério de Jesus na Judéia 10.1-16.20
Ministério na Transjordânia 10.1-52
Ministério em Jerusalém 11.1-13.37
A Paixão 14.1-15.47
A ressurreição 16.1-20

Fonte: Bíblia Plenitude
 
 



















Texto do Site
http://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/introducao-biblica-livro-de-marcos.html


Escritor: Marcos
Lugar da Escrita: Roma
Escrita Completada: c. 60-65 EC
Tempo Abrangido: 29-33 EC

O livro de Marcos é o de número 41 no cânon das Escrituras. Quando prenderam a Jesus em Getsêmani e os apóstolos fugiram, ele foi seguido por “certo jovem, que usava uma roupa de linho fino por cima do corpo nu”. Quando a multidão tentou pegá-lo também, “ele largou a sua roupa de linho e escapou nu”. Acredita-se em geral que este jovem tenha sido Marcos. Ele é descrito em Atos como “João, cognominado Marcos”, e talvez fosse de família que gozava de boa posição social em Jerusalém, pois tinham casa própria e servos. Sua mãe, Maria, era também cristã, e a congregação primitiva usava sua casa como local de reunião. Na ocasião em que foi libertado da prisão por um anjo, Pedro foi a esta casa e encontrou os irmãos reunidos ali. — Mar. 14:51, 52; Atos 12:12, 13.

O missionário Barnabé, levita de Chipre, era primo de Marcos. (Atos 4:36; Col. 4:10) Quando Barnabé veio com Paulo a Jerusalém, em conexão com uma obra de socorros por causa da fome, Marcos chegou a conhecer Paulo também. Esta associação na congregação e com zelosos ministros visitantes, sem dúvida, instilou em Marcos o desejo de entrar no serviço missionário. De modo que o observamos qual companheiro e assistente de Paulo e de Barnabé na primeira viagem missionária deles. Por algum motivo, porém, Marcos os deixou em Perge, na Panfília, e voltou para Jerusalém. (Atos 11:29, 30; 12:25; 13:5, 13) Por causa disso, Paulo se recusou a levar Marcos consigo na sua segunda viagem missionária, e isto resultou num rompimento de relações entre Paulo e Barnabé. Paulo levou consigo Silas, ao passo que Barnabé levou seu primo Marcos e embarcou com destino a Chipre. — Atos 15:36-41.

Marcos demonstrou seu real valor no ministério e se tornou uma preciosa ajuda, não só para Barnabé, mas também, mais tarde, para os apóstolos Pedro e Paulo. Marcos estava com Paulo (c. 60-61 EC) durante seu primeiro encarceramento em Roma. (Filêm. 1, 24) Daí, encontramos Marcos com Pedro em Babilônia, entre os anos 62 e 64 EC. (1 Ped. 5:13) Paulo é novamente prisioneiro em Roma, provavelmente no ano 65 EC, e, numa carta, pede a Timóteo que traga consigo a Marcos, “porque ele me é útil para ministrar”. (2 Tim. 1:8; 4:11) Esta é a última menção de Marcos no registro bíblico.

A composição desse mais curto dos Evangelhos é atribuída a este Marcos. Ele foi colaborador dos apóstolos de Jesus, e colocou a própria vida a serviço das boas novas. Mas Marcos não foi um dos 12 apóstolos e não acompanhou pessoalmente a Jesus. De onde obteve os pormenores que fazem que sua narrativa do ministério de Jesus seja realmente vívida desde o começo até o fim? Segundo a mais antiga tradição de Pápias, Orígenes e Tertuliano, esta fonte foi Pedro, com quem Marcos tinha associação íntima. Não chamou Pedro a ele de “meu filho”? (1 Ped. 5:13) Pedro foi testemunha ocular a bem dizer de tudo que Marcos registrou, de modo que ele poderia ter chegado a saber de Pedro os muitos pontos descritivos que não constam nos outros Evangelhos. Por exemplo, Marcos fala dos “homens contratados” que trabalhavam para Zebedeu, do leproso que suplicou a Jesus “de joelhos”, do homem endemoninhado que “se cortava com pedras”, e de Jesus dar a sua profecia sobre a ‘vinda do Filho do homem com grande poder e glória’, sentado no monte das Oliveiras “com o templo à vista”. — Mar. 1:20, 40; 5:5; 13:3, 26.

O próprio Pedro era homem de profundas emoções, de modo que podia reconhecer e descrever a Marcos os sentimentos e as emoções de Jesus. Assim, Marcos frequentemente relata como Jesus se sentia e reagia; por exemplo, que ele olhou “para eles, ao redor, com indignação, estando profundamente contristado”, que ele “suspirou profundamente” e que ‘gemeu profundamente com seu espírito’. (3:5; 7:34; 8:12) É Marcos que nos conta os sentimentos de Jesus para com o jovem governante rico, dizendo que “sentiu amor por ele”. (10:21) E quanta afeição notamos no relato de que Jesus não só colocou uma criancinha no meio dos discípulos, mas também ‘pôs os seus braços em volta dela’, e que em outra ocasião “tomou as criancinhas nos seus braços”! — 9:36; 10:13-16.

Algumas das características de Pedro transparecem no estilo de Marcos, que é impulsivo, vivo, vigoroso, cheio de vida e descritivo. Parece quase não conseguir relatar os eventos com suficiente rapidez. Por exemplo, a palavra “imediatamente” ocorre vez após vez, conduzindo a história num estilo dramático.

Embora Marcos tivesse acesso ao Evangelho de Mateus, e seu registro contenha apenas 7 por cento de matéria que não consta nos outros Evangelhos, seria um erro crer que Marcos simplesmente condensou o Evangelho de Mateus e acrescentou alguns pormenores especiais. Ao passo que Mateus retratara a Jesus como o prometido Messias e Rei, Marcos considera então sua vida e seus trabalhos de outro ângulo. Apresenta Jesus como o Filho de Deus, que faz milagres, o Salvador vitorioso. Marcos frisa as atividades de Cristo mais do que seus sermões e ensinamentos. Apenas pequena parcela das parábolas e um dos mais longos discursos de Jesus são relatados, e omite-se o Sermão do Monte. É por este motivo que o Evangelho de Marcos, embora contenha tanta ação quanto os outros, é mais curto. Pelo menos 19 milagres são especificamente mencionados.

Ao passo que Mateus escreveu seu Evangelho para os judeus, Marcos evidentemente escreveu visando primariamente os romanos. Como sabemos isso? A Lei de Moisés é mencionada unicamente quando se relata conversa que se refira a ela, e a genealogia de Jesus é omitida. O evangelho de Cristo é apresentado como sendo de importância universal. Faz comentários explicativos sobre os costumes e ensinamentos dos judeus com os quais os leitores não-judeus talvez não estivessem familiarizados. (2:18; 7:3, 4; 14:12; 15:42) Expressões aramaicas são traduzidas. (3:17; 5:41; 7:11, 34; 14:36; 15:22, 34) Qualifica com explicações os nomes geográficos e a vida vegetal da Palestina. (1:5, 13; 11:13; 13:3) O valor das moedas judaicas é dado em moeda romana. (12:42, nota) Ele usa mais palavras latinas do que os outros escritores dos Evangelhos, sendo exemplos disso especulador (guarda pessoal), praetorium (palácio do governador), e centurio (oficial do exército). — 6:27; 15:16, 39.

Visto que evidentemente Marcos escreveu primariamente para os romanos, é bem provável que tenha escrito em Roma. Tanto a tradição antiga como o conteúdo do livro dão margem à conclusão de que foi escrito em Roma durante o primeiro ou o segundo encarceramento do apóstolo Paulo, e, por conseguinte, por volta de 60-65 EC. Nesses anos Marcos esteve em Roma pelo menos uma vez, e provavelmente, duas. Todas as principais autoridades do segundo e terceiro séculos confirmam que Marcos foi o escritor. O Evangelho já estava em circulação entre os cristãos em meados do segundo século. O seu aparecimento em todos os primitivos catálogos das Escrituras Gregas Cristãs confirma a autenticidade do Evangelho de Marcos.

Entretanto, as conclusões longa e curta que são às vezes acrescentadas depois do capítulo 16, versículo 8, não devem ser consideradas autênticas. Não aparecem na maioria dos manuscritos antigos tais como o Sinaítico e o Vaticano N.° 1209. Os eruditos do quarto século, Eusébio e Jerônimo, estão de acordo de que o registro autêntico termina com as palavras “estavam tomadas de temor”. As outras conclusões foram provavelmente acrescentadas com o fim de suavizar o modo abrupto em que termina este Evangelho.

Pode-se observar que a narrativa de Marcos é exata devido a seu Evangelho estar em plena harmonia, não só com os outros Evangelhos, mas também com todas as Escrituras Sagradas, desde Gênesis até Apocalipse. Ademais, demonstra-se vez após vez a Jesus como sendo alguém que tem autoridade, não só na sua expressão oral, mas sobre as forças da natureza, sobre Satanás e os demônios, sobre doenças e enfermidades, sim, sobre a própria morte. Portanto, Marcos começa a sua narrativa com a impressionante introdução: “O princípio das boas novas a respeito de Jesus Cristo.” A sua vinda e o seu ministério significavam “boas novas”, de modo que o estudo do Evangelho de Marcos deverá ser proveitoso para todos os leitores. Os eventos descritos por Marcos abrangem o período entre a primavera (setentrional) de 29 EC até a primavera de 33 EC.




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